Profano o espaço. que será. seja. um caminho. vereda de memórias.

sábado, 1 de março de 2008

ontem ....

falo contigo, e no entanto, foi ontem que guardei a chuva no cabelo
o meu riso soube-o primeiro, os meus lábios depois, logo a língua inteira
os beijos souberam-se na boca procurados, indecisos e talhados
porque assim eram os beijos fundos da raiz

foi ontem, eram os prados aquecidos pelas flores brancas
que gostavas de morder nos dedos, olhando de frente o sol
mordias, mordias os trevos e as palavras com os dedos
eram as tuas mãos despontando para as manhãs molhadas

a chuva vinha com o sol, o sol trazia pouco calor
não precisávamos nós de calor, só precisávamos da chuva no cabelo
e de a dizermos de corpo unido o que descobríamos do amor


7 comentários:

gabriela rocha martins disse...

absolutamente
bom

demais


.
um beijo

isabel mendes ferreira disse...

a Gab tem razão.


.



um prado único.


____________________!!!

Cristina Gomes da Silva disse...

Como gosto de ler-te!

isabel mendes ferreira disse...

De Llansol:
! ...se for possível trago o impossível para a entrada da porta...!


_________________.

anad disse...

Gosto
Anad

deep disse...

Também gosto, aliás como gostei - e gosto muito! - do trabalho póetico que deixou na caixa de comentários do "letras". Obrigada.

eddy disse...

En-Canta-a-Dor...

Um "saludo".