Profano o espaço. que será. seja. um caminho. vereda de memórias.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

À minha filha

a fonte não mata corre água
morre a prata
chove água no nariz

a boca atravessada no riso
só molhada a face

engole:
- vês o esforço
- fiz

agora vamos correr
há erva e mato
há pinhas secas
há grito aflito

eu apanho-te

(tantas letras trazes
no chapéu
só vejo pássaros
a fugir dele )

disfarças
eu ganhei
eu perdi
eu toquei

(vi no mato
violoncelos a
tocar os teus
cabelos !)

fui feliz
por vê-los
sou assim

ri meu coração
ri sôfrego
à exaustão da luz
mais corrida sim
vamos

(onde
estou perdido filha)

2 comentários:

Isabel Victor disse...

Amor maior não há !!!

Sublime ...

iv*

Gabriela Rocha Martins disse...

tudo tem um nome
único

Matilde

em verso
livre

.
bonito
muito


.
um beijo