Profano o espaço. que será. seja. um caminho. vereda de memórias.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Dádivas




dou-te o sol de Lisboa
dou-te a língua pura

dou-te a rua
a luz, o endereço

dou-te a frase solta:
e chamo à palavra escuro
muro ,
onde
estremeço

dou-te a linha solta
com a palavra sol

são nossas
estrelas vermelhas
nascidas de sangue branco
onde
festejado o fogo
se comeram os dentes

como as feras
dão aos ventos
uivos e som novo
no céu profano

como humanos
descendentes
JRM




6 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Quem é JRM? Tu? Isto não é nada mau. Se é teu, escreves com uma desordem sintáctica que se adapta bastante bem ao registo poético. À prosa nem por isso. Mas eu gosto de algumas coisas que aqui tens.

Cristina Gomes da Silva disse...

É assim mesmo, "desordenado", mas um mimo.

Gabriela Rocha Martins disse...

uma

palavra


única


DIVINO


.
um beijo

Gabriela Rocha Martins disse...

DIVINO

poético

DIVINO

prosa


.

qualquer registo


.
um beijo
[ havia esquecido de registar ]

Gabriela Rocha Martins disse...

este jogo

insidioso

entre

a palavra

e

a imagem

.
.

a dois

.
expectante
.

no
dia
seguinte

.

tudo
se
transforma

.

a cumplicidade

.
belíssimo


um beijo ao quadrado

Anónimo disse...

Isto não é um blogue ... Isto é a construção de um livro feito de palavras e imagens. Tudo isto é belíssimo, forte, intenso, perfeito ... .