dou-te o sol de Lisboa
dou-te a língua pura
dou-te a rua
a luz, o endereço
dou-te a frase solta:
e chamo à palavra escuro
muro ,
onde
estremeço
dou-te a linha solta
com a palavra sol
são nossas
estrelas vermelhas
nascidas de sangue branco
onde
festejado o fogo
se comeram os dentes
como as feras
dão aos ventos
uivos e som novo
no céu profano
como humanos
descendentes
JRM
6 comentários:
Quem é JRM? Tu? Isto não é nada mau. Se é teu, escreves com uma desordem sintáctica que se adapta bastante bem ao registo poético. À prosa nem por isso. Mas eu gosto de algumas coisas que aqui tens.
É assim mesmo, "desordenado", mas um mimo.
uma
palavra
única
DIVINO
.
um beijo
DIVINO
poético
DIVINO
prosa
.
qualquer registo
.
um beijo
[ havia esquecido de registar ]
este jogo
insidioso
entre
a palavra
e
a imagem
.
.
a dois
.
expectante
.
no
dia
seguinte
.
tudo
se
transforma
.
a cumplicidade
.
belíssimo
um beijo ao quadrado
Isto não é um blogue ... Isto é a construção de um livro feito de palavras e imagens. Tudo isto é belíssimo, forte, intenso, perfeito ... .
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