foste. e contigo levaste o rumo do azul cobalto.em barcos vazios. em marés esfoladas nos joelhos do vento. foste para o lugar de onde ninguém volta. nem a revolta.
aguardo agora as tuas cartas. que guardo como rosas. no meu corpo. à guarda do mar.
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(imf)
6 comentários:
..."um vadio terno e irónico
sisudo de lágrima fora,
triste por riso
quando está por dentro
a véspera que se demora.
sou eu um vagar e uma manhã
um risco, ou um traço
uma palavra que aberta arda
no calor das mãos
no sumo de uma laranja
ou bago de romã
."
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algures. por aí.
um retrato "Especial".
:)
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Escrevo-te , estou tenso, o meu tenente sabe que tenho de dar ordens de partida imediatamemente para o Algarve. Quer ajudar-me, alumia-me a cabeça com uma candeia de luz fosca, encontrada num monte, luz da carroça de um cigano queimado no último auto, há três dias. Tremem-lhe as mãos, numa segura o tinteiro falho de tinta, na outra uma já velha pena , esta pressa não ajuda nada, as palavras não existem , o papel amachucado trago-o desde ontem guardado, cuidei-o, mas não resultou , molho a pena na boca , faço-o muitas vezes, nem uma palavra, escrevo com saliva e tinta... Parte, quero dizer-lhe, os cavalos relincham lá fora numa vibração sacudida de fome e pele, acabou a guerra nesta frente, persiste o contrabando, há grupos organizados, temos notícias. Está tudo alerta.Descanso chegará aí a tempo, aqui vê-lo-ei num ápice, mas só te leva palavras juradas na fúria da minha boca, nesta terra que não dá nada, só o silêncio que me une por momentos ao teu corpo, nesta levada. Chamilly
e destas pedras lisas e macias eu poderia fazer uma cama para olhar o céu
bjs
dueto
tão
só
perfeito
.
.
ÚNICOS
.
um beijo
Pelo musgo que pensamos ao mesmo tempo e o
laço-tecla-seixo percorrido.
Obg
(páro quando alguém profissiona "agricultura" e me pergunto onde? porquê? quando?)
Aqui o visito e hei-de revisitar, com todo o prazer que suscita uma carta aberta.
Abraço
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