bendita a noite de há dois dias bendita a espera da minha língua o dorso o ápice e a mole bendito apertão no jorro repulso amparado lambido na gula da minha mão
bendito o meu soluço a minha língua na passagem das tuas veias e na corola benditos e repentinos os meus dentes incisivos a garra da minha inocência quando te chamava menino por pura gentileza não me arrependo bendito o que te fiz por mim e por ti bendito aqui me rendo aqui aos pés do senhor rezo confesso deus também deseja e a tudo isto não é avesso bendito teu véu palatino úvula suprema recuada ressonância magnética ouvida funda amada bendito doce que muitas fazem e trazem de louvores de D. Brites alvoraçada
rezo-te aos pés murmurando orações tremem-me os joelhos descuido estudos e sermões
digo-te além
morro à tua espera
4 comentários:
bendita a palavra assim.
elegia de um amor maior.
___________________.
piano.
Que belo! "morro à tua espera"
Bjs
...tão véu.céu. opalino...
.
tão.
.
tão prazer de ler.
.
(odeio as letrinhas que vou ter de escrever a seguir...raios e coriscos...mas prontoS...eu "verifico"...)
incapaz de "tirar".
incapaz de "retratar".
só capaz de tres-ler.
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